Não são dez, mas sim 12. Três por cada membro dos bracarenses Dear Telephone.
Os discos mais importantes de 2003 para André Simão:
The Books - The Lemon Of Pink
Um manifesto de liberdade formal, lirismo descontrolado e descomprometido.
Robert Wyatt - Cuckooland
O regresso inspirado deste monstro das canções. Lembro-me da imensa expectativa em torno do disco. Marcou-me especialmente pela ponte delicada entre o jazz e o singer-songwriting.
Two Banks of Four - Three Street Worlds
Do meio do turbilhão irrelevante de bandas e compilações de future jazz – como tão indigentemente lhe chamavam – despontavam estes rapazes, com um disco verdadeiramente coeso, urbano, tenso e entusiasmante.
Os discos mais importantes de 2003 para Graciela Coelho:
Gillian Welch - Soul Journey
Conjunto de viagens cruas e quentes. Beleza e rudeza, de mãos dadas.
Belle and Sebastian - Dear Catastrophe Waitress
Álbum maior da banda: melodias fortíssimas e arranjos maravilhosos. Uma espécie de encontro imediato entre Beach Boys, Stone Roses e Kronos Quartet.
Arab Strap - Monday at the Hug & Pint
Amor, sexo e relações falhadas, com sotaque escocês. Guitarras, beats maquinais, lirismo extremo à Oscar Wilde em dia mau.
Os discos mais importantes de 2003 para Pedro Oliveira:
Bonnie Prince Billy – Master and Everyone
Um dos maiores cantautores dos nossos tempos, peculiar, fazedor de canções simples e tocantes. Um dos discos que mais ouvi até hoje. Canção que destaco: "The Way".
Manitoba – Up in Flames
Inquietante, super rico rítmica e estruturalmente. Um dos discos que me fez despertar para construções fora do convencional. Abriu o meu caminho para os Manitoba e Daphni. Canção que destaco: "Jacknuggeted".
Mark Lanegan – Here comes that wierd Chill
Senhor de uma das vozes mais ímpares de rock mundial. Musicalmente duro e rude é um disco "back to the basics". Canção que destaco: "Wish you well".
Os discos mais importantes de 2003 para Ricardo Cibrão:
Howe Gelb - The Listener
Foi o meu álbum de entrada para o mundo Gelb. Desconcertante porque é simples e excitante porque é duro e honesto.
Chris Brokaw - Wandering as Water
Este disco é discreto como o percurso de mais de 20 anos de anonimato de Brokaw na música americana. Foi o segundo álbum a solo e revelou a sua faceta mais trovadoresca.
Chris Brokaw - Wandering as Water
Este disco é discreto como o percurso de mais de 20 anos de anonimato de Brokaw na música americana. Foi o segundo álbum a solo e revelou a sua faceta mais trovadoresca.
Calexico - Feast of Wire
Talvez o álbum mais coeso de toda a discografia da banda. As canções de antologia, a mistura de géneros e de texturas e a afirmação de Burns como tenor (deixando para trás alguma da timidez que caracterizou os seus registos anteriores), fizeram deste, um disco absolutamente memorável.