segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

[Jukebox de há dez anos] Dear Telephone


Não são dez, mas sim 12. Três por cada membro dos bracarenses Dear Telephone.

Os discos mais importantes de 2003 para André Simão:

The Books - The Lemon Of Pink 


Um manifesto de liberdade formal, lirismo descontrolado e descomprometido.

Robert Wyatt - Cuckooland


O regresso inspirado deste monstro das canções. Lembro-me da imensa expectativa em torno do disco. Marcou-me especialmente pela ponte delicada entre o jazz e o singer-songwriting.

Two Banks of Four - Three Street Worlds


Do meio do turbilhão irrelevante de bandas e compilações de future jazz – como tão indigentemente lhe chamavam – despontavam estes rapazes, com um disco verdadeiramente coeso, urbano, tenso e entusiasmante.

Os discos mais importantes de 2003 para Graciela Coelho:

Gillian Welch - Soul Journey


Conjunto de viagens cruas e quentes. Beleza e rudeza, de mãos dadas.

Belle and Sebastian - Dear Catastrophe Waitress


Álbum maior da banda: melodias fortíssimas e arranjos maravilhosos. Uma espécie de encontro imediato entre Beach Boys, Stone Roses e Kronos Quartet.

Arab Strap - Monday at the Hug & Pint


Amor, sexo e relações falhadas, com sotaque escocês. Guitarras, beats maquinais, lirismo extremo à Oscar Wilde em dia mau.

Os discos mais importantes de 2003 para Pedro Oliveira:

Bonnie Prince Billy – Master and Everyone


Um dos maiores cantautores dos nossos tempos, peculiar, fazedor de canções simples e tocantes. Um dos discos que mais ouvi até hoje. Canção que destaco: "The Way".

Manitoba – Up in Flames


Inquietante, super rico rítmica e estruturalmente. Um dos discos que me fez despertar para construções fora do convencional. Abriu o meu caminho para os Manitoba e Daphni. Canção que destaco: "Jacknuggeted".

Mark Lanegan – Here comes that wierd Chill


Senhor de uma das vozes mais ímpares de rock mundial. Musicalmente duro e rude é um disco "back to the basics". Canção que destaco: "Wish you well".

Os discos mais importantes de 2003 para Ricardo Cibrão:

 Howe Gelb - The Listener




Foi o meu álbum de entrada para o mundo Gelb. Desconcertante porque é simples e excitante porque é duro e honesto.

Chris Brokaw - Wandering as Water


Este disco é discreto como o percurso de mais de 20 anos de anonimato de Brokaw na música americana. Foi o segundo álbum a solo e revelou a sua faceta mais trovadoresca.


Calexico - Feast of Wire




Talvez o álbum mais coeso de toda a discografia da banda. As canções de antologia, a mistura de géneros e de texturas e a afirmação de Burns como tenor (deixando para trás alguma da timidez que caracterizou os seus registos anteriores), fizeram deste, um disco absolutamente memorável.

sábado, 30 de novembro de 2013

[Jukebox de há dez anos] A.M.O.R.


A lista do duo rap feminino chega mesmo a tempo do concerto desta noite no Vodafone Mexefest (Hotel Florida, 20h).

Os discos mais importantes de 2003 para as A.M.O.R.:

1. Jay-Z - The Black Album



2. Outkast - Speakerboxxx/The Love Below



3. 50 Cent - Get Rich or Die Tryin'


4. Beyoncé - Dangerously In Love



5. Jaylib - Champion Sound


6. The Neptunes Presents Clones



7. V.A. - 8 Mile BSO




8. R. Kelly - Chocolate Factory


9. Kelis - Tasty




10. Britney Spears - In the Zone

domingo, 17 de novembro de 2013

[Semana 11-11-03] Mark Lanegan edita "Here Comes That Weird Chill"


Se descontarmos Songs for the Deaf dos Queens of the Stone Age, Bubblegum não terá paralelo na riquíssima discografia de Mark Lanegan. Bubblegum, a obra-prima a solo da cara dos Screaming Trees, só chegaria em 2004, meses depois deste Here Comes That Weird Chill, razoável EP de nove canções que inclui colaborações de membros dos Ween, Afghan Wings (mais tarde Lanegan viria a colaborar com Greg Dulli nos The Gutter Wins) e Queens of the Stone Age e uma cover de Captain Beefheart, "Clear Spot".

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

[Jukebox de há dez anos] Lady Lazarus


Um poema de Sylvia Plath, o título de um episódio de Mad Men e o nome artístico de Melissa Ann Sweat. Lady Lazarus, uma mulher e o seu piano.

Os discos mais importantes de 2003 para Lady Lazarus:

1. Joe Henry - Tiny Voices



2. Cat Power - You Are Free


3. Sun Kil Moon - Ghosts of the Great Highway



4. Broken Social Scene - You Forgot It In People


5. Songs: Ohia - Magnolia Electric Co.




6. The Microphones - Mount Eerie




7. 
Smog - Supper




8. Eels - Shootenanny!




9. Yeah Yeah Yeahs - Fever to Tell




10. Kaki King - Everybody Loves You



sábado, 9 de novembro de 2013

[Semana 04-11-03] The Unicorns editam "Who Will Cut Our Hair When We're Gone?"


Os Unicorns não existem.  E não nos referimos ao ser mitológico, nem ao facto de a banda ter cessado funções em 2004, pouco depois da edição deste magnífico Who Will Cut Our Hair When We're Gone?. Não, referimo-nos à forma singular como desconstruiriam a pop no início da década um pouco à imagem dos Deerhoof, na altura, e dos MGMT, anos depois. O terceiro e último disco dos Unicorns é uma piada, mas também é a sério. Diverte, mas também pede reflexão. Está recheado de truques - ganchos, harmonias, rasgos psicadélicos cuja missão é prender-nos a atenção. Vá lá, são apenas 40 minutos. Daqueles que valem a pena.

domingo, 3 de novembro de 2013

[Semana 28-10-03] Basement Jaxx editam "Kish Kash"


Dez anos antes dos Disclosure recolherem algumas das mais elogiosas prosas de 2013, os Basement Jaxx reuniram nos mais de 50 minutos de Kish Kash convidados tão diversos como Lisa Kekaula (BellRays), Dizzee Rascal, Siouxsie Sioue e JC Chasez ('N Sync). Os dois primeiros são responsáveis por duas das grandes canções do álbum. "Good Luck" confirma que, dos BellRays a uma colaboração com Legendary Tigerman, Kekaula tem uma das mais incríveis vozes soul do século XXI. Dizzee Rascal, por seu lado, omnipresente e em grande forma, com esse clássico do hip hop britânico Boy in the Corner acabado de editar, dá continuidade ao momento-estado-de-graça na incrível "Lucky Star" - o hip hop deitado sobre uma impecável cama oriental. Siouxsie representa a ausência de fronteiras e JC Chasez uma vontade de atingir outros públicos. Infelizmente, o álbum perde alguma força no último terço, nada que o impeça de se tornar num dos grandes álbuns de música de dançar de 2003.




sábado, 26 de outubro de 2013

[Semana 21-10-03] Dizzee Rascal edita "Boy in the Corner"


“Existem dois discos fundamentais para compreender o hip hop britânico da década dos zeros. O primeiro é este Boy in the Corner, de Dizzee Rascal; o outro é A Grand Don’t Come for Free deThe Streets, editado quase um ano depois. Ms. Dynamite, Wiley e Audio Bullys também tiveram a sua quota de responsabilidade na ascensão do subgénero nascido no East End londrino. Os beats caseiros – diz-se que Rascal chegou a usar uma Playstation 2 – aliados à capacidade de contar histórias, histórias de bairro, de violência, de drogas, resultam num O.V.N.I. criado por um puto de 19 anos que na altura tinha como álbum favorito In Utero dos Nirvana.” 

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

[Jukebox de há dez anos] The Glockenwise


Olá, Barcelos. Do fado, do rock n' roll, dos Glockenwise. E do rock n' roll dos Glockenwise. E das piscinas - a do Milhões e a do vídeo de "Gardamu Girls" -, dos Alto! que citam os Stooges que são citados pelos Glockenwise - que têm disco novo. E, por fim, da boa disposição cujo reflexo está nesta lista de dez álbuns.

Os discos mais importantes de 2003 para os Glockenwise:
1. Tribalistas - Tribalistas

2. Robbie Williams - Live at Knebworth

3.  Rui Veloso - O Concerto Acústico


4. VA - Now 8


5. Robbie Williams - Escapology

6. Canções da Carochinha - As canções da Carochinha

7. Evanescence - Fallen

8. Mariza - Fado Curvo

9. Adiafa - Adiafa

10. VA - Saber Amar BSO