segunda-feira, 27 de maio de 2013

[Jukebox de há dez anos] The Weatherman


Já é o terceiro capítulo de uma certeira discografia (podem ouvir os outros dois aqui e aqui), mas só agora The Weatherman se sentiu à vontade para lhe dar um título homónimo. Há dez anos The Weatherman não existia, mas podia e devia existir. É o trabalho de alguém que foca o passado, mas sem deixar de piscar o olho ao futuro. Em 2003 já olhava de esguelha para o presente, o da altura.

Os dez discos mais importantes de 2003 para The Weatherman: 


1. Josh Rouse - 1972


Um disco pejado de grandes canções que ficaram para sempre. Grandes melodias, arranjos soberbos, é tudo perfeito. É uma pena que os discos posteriores não tenham chegado aos calcanhares deste. É um daqueles discos em que vemos a nossa vida a acontecer diante dos nossos olhos, reconforta-nos perante o passado e encoraja-nos a olhar o futuro de frente. Ainda hoje me emociono quando o oiço.

2. The Thrills - So Much For The City 


Ouvi este disco vezes sem conta e é uma pena que não tenham conseguido igualá-lo nos discos posteriores. É uma pérola pop intemporal, recheada de grandes canções. Ficou para sempre. É um ícone da melhor pop alguma vez feita.

3. Black Rebel Motorcycle Club - Take Them On, On Your Own


Um dos meus discos preferidos de rock'n roll. Em termos de rock pós-ano 2000, para mim, bate aos pontos qualquer coisa dos Strokes ou dos White Stripes.

4. The Beatles - Let It Be... Naked


O remexer do baú é sempre questionável, e este disco, apesar de trazer todas aquelas canções com um som mais límpido e cru, pareceu-me não assim tão necessário. Não me fez particularmente gostar mais das canções, apesar de reconhecer que, no geral, saíram beneficiadas. Mas um novo disco dos Beatles é sempre um acontecimento.

5. Sufjan Stevens - Greetings from Michigan: The Great Lake State


Foi através deste disco que tomei contacto com o Sufjan Stevens. Surpreendeu-me tanto haver alguém a fazer este tipo de melodias que me tornei fã incondicional, além de se ter tornado uma grande influência. Vi-o ao vivo alguns anos mais tarde.


6. Radiohead - Hail to the Thief


Foi-me oferecido como prenda de anos na altura. A minha relação com Radiohead nunca foi pacífica, mas foi com este álbum que fiz as pazes, talvez por ser o mais equilibrado de todos, e por terem voltado às boas canções.

7. The Shins - Chutes Too Narrow


Palavras para quê? São os The Shins, aqui em grande forma.

8. Lisa Germano - Lullaby for liquid pigs 


Recordo-me de a ter visto em concerto, em 2006. Lembro-me particularmente de uma música dedicada ao Jeff Buckley de ir às lágrimas.  Foi tão bom que fui logo ouvir os discos. Este é muito bom, absolutamente fantasmagórico.

9. The Clientele - The Violet Hour


As melodias e a voz cativaram-me desde logo. Lembro-me que vieram tocar ao Porto, ao Meu Mercedes [É Maior Que O Teu], e não me consigo lembrar por que razão não fui ver. E isso traz-me um sabor amargo.

10. The Go-Betweens - Bright Yellow Bright Orange


Deste disco lembro-me que me marcou especialmente pela qualidade das letras, uma escrita de canções muito inteligente.

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