Quando Marilyn Manson edita The Golden Age Of Grostesque, o mundo ainda sente demasiado as marcas do 11 de Setembro para se voltar a deixar chocar por toda a mitologia Manson.
É possível que o quinto álbum do anticristo seja o seu mais ambicioso - é o registo de um artista total que se inspira em Voluptuous Panic: The Erotic World of Weimar Berlin (obra de Mel Gordon que é tudo aquilo que o título promete), de alguém que, três meses antes da edição do disco, deixa escapar um vídeo de dois minutos que anunciam uma nova era na sua carreira e que, na edição limitada, inclui um DVD com uma curta metragem de 25 minutos realizada pelo próprio.
Em 2003, Manson parece sentir necessidade de reinvenção sem que a coloque em prática. As influências industriais e a estética glam começam a revelar cansaço - como aliás, a citação descarada de "Be Agressive" dos Faith No More em "mOBSCENE" é exemplo.
Depois de The Golden Age Of Grotesque, Marilyn Manson demora quatro anos a regressar aos álbuns - nunca tinha levado tanto tempo. A indefinição leva-o na direcção de outro álbum menor, Eat Me, Drink Me (olá, Lewis Carroll). 2003 terá marcado o início da curva descendente na carreira de Manson. Faz sentido - Manson não poderia manter aquela imagem extremamente sexual, violenta e provocante para sempre. Agora, nas casa dos 40, é cara de campanhas de moda e já ninguém se lembra da polémica toda à volta do Massacre de Columbine. Ainda bem.
Há dez anos... Marilyn Manson namorava com Dita Von Teese.
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