segunda-feira, 1 de julho de 2013

[Jukebox de há dez anos] Ermo


"A merda é que temos um país que pensa como um rebanho sem pastor". A Cidade dos Arcebispos não está feliz. Os Ermo não se revêem naquilo que vivemos hoje e metem o dedo na ferida, seja através de uma actualização de "FMI", de José Mário Branco ou na desconstrução do hino nacional. O EP que antecipa o álbum a ser editado este ano pode ser ouvido gratuitamente aqui. Relativamente a 2003, os Ermo esclarecem: "Não são estes os melhores álbuns do ano. 2003 não foi um grande ano. Estes são os álbuns que saíram em 2003 [e que] mais me agradam hoje. Importante distinção que creio aprazer também ao blogue, dado o seu conceito. Sem qualquer ordem específica, fiquem então com o melhor de 2003 para os Ermo": 

Boris - Boris at Last Feedbacker


Álbum genial de uma banda que ainda hoje lhe faz jus. Acabaram por se tornar numa das nossas bandas preferidas, não só pelo som, mas também pela forma como vêem a sua carreira, sendo um dos grupos mais versáteis do séc. XXI. Quem conhece o seu trabalho sabe do que falamos.

Viktor Vaughn - Vaudeville Villain


Um dos reis do hip-hop, em todas as suas identidades.

György Ligeti - The Ligeti Project III: Cello Concerto; Clocks and Clouds; Violin Concerto; Síppal, dobbal, nádihegedűvel


Dentro da música clássica convencional, é um dos compositor que mais nos agrada.

Melechesh - Sphynx 


Não é um álbum basilar. No entanto, foi com este que os conhecemos. Lembramos-nos de na altura em que ouvimos este álbum pela primeira vez achar que eram a coisa mais original que já tínhamos ouvido no death metal. Não são, mas são bons.

Arvo Pärt - Triodion (Polyphony/Stephen Layton) 


A par do Ligeti, surge o Arvo Pärt, senhor e mestre do tintinnabuli, jogando num campeonato totalmente de qualquer outro compositor contemporâneo.

Keiji Haino - ここ


Um dos artistas mais originais que conhecemos. Este é um dos lançamentos menos experimentais dele, muito a roçar os Rallizes Dénudés, mas belíssimo de qualquer maneira.

Mão Morta - Carícias e Malícias


Um dos melhores álbuns portugueses ao vivo.

Grails - The Burden of Hope 


Provavelmente, o disco que menos gostamos de Grails, mas ainda assim um grande álbum

Portal - Seepia


Se os Melechesh não eram a coisa mais original no death metal, estes terão de o ser. Talvez ainda não neste Seepia, mas viriam a evoluir e a tornar-se uma das nossas bandas preferidas dentro do estilo.

Muse - Absolution


O único álbum que realmente gostamos dos Muse. Um manual de como fazer singles.

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