quinta-feira, 7 de abril de 2016

[Semana 28-03-06] Ghosface Killah edita "Fishscale" e T.I. edita "King"


Dois clássicos do hip hop do século XXI editados no mesmo dia. Mesmo na idade de ouro do hip hop, seja ela qual for, seria pouco provável. 

O de Ghosface Killah não é surpresa. Desde o "fim" dos Wu-Tang Clan que se afirmou, entre os 9, como dono da melhor carreira a solo. As referências não serão muito diferentes das que ainda hoje apresenta - afinal de contas, a cada disco que edita, o rapper baralha e volta a dar -, mas aqui surge na condição de contador de histórias que soam frescas e uma produção ao cuidado de pesos pesados como J. Dilla, Dr. Dre, Just Blaze e MF Doom.

King de T.I. é ponto de partido para a década de hip hop que se seguiu. Sim, é assim tão importante e poderíamos fechar este texto aqui. É um barómetro para o que se seguiu entre 2006 e hoje, mas na altura significou uma viragem em relação ao hip hop mais sulista do rapper. Vendeu meio milhão de cópias, mas é interessante pensar no que aconteceria se tivesse sido editado hoje (ou ontem) numa altura em que o negócio é essencialmente digital. Mais tarde, ainda no mesmo ano, haveria de colaborar com Justin Timberlake no celebrado Future Sex/Love Sounds. Queria ser o Rei do Sul, acabou Rei disto tudo. 



Sem comentários:

Enviar um comentário