Dois clássicos do hip hop do século XXI editados no mesmo dia. Mesmo na idade de ouro do hip hop, seja ela qual for, seria pouco provável.
O de Ghosface Killah não é surpresa. Desde o "fim" dos Wu-Tang Clan que se afirmou, entre os 9, como dono da melhor carreira a solo. As referências não serão muito diferentes das que ainda hoje apresenta - afinal de contas, a cada disco que edita, o rapper baralha e volta a dar -, mas aqui surge na condição de contador de histórias que soam frescas e uma produção ao cuidado de pesos pesados como J. Dilla, Dr. Dre, Just Blaze e MF Doom.
King de T.I. é ponto de partido para a década de hip hop que se seguiu. Sim, é assim tão importante e poderíamos fechar este texto aqui. É um barómetro para o que se seguiu entre 2006 e hoje, mas na altura significou uma viragem em relação ao hip hop mais sulista do rapper. Vendeu meio milhão de cópias, mas é interessante pensar no que aconteceria se tivesse sido editado hoje (ou ontem) numa altura em que o negócio é essencialmente digital. Mais tarde, ainda no mesmo ano, haveria de colaborar com Justin Timberlake no celebrado Future Sex/Love Sounds. Queria ser o Rei do Sul, acabou Rei disto tudo.
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